Pare, pense e julgue menos!

Manter a aparência não é fácil. Ainda mais num mundo em que as pessoas julgam todos aqueles que respiram. É preciso se manter forte, não fraquejar, não dar brecha para que os outros palpitem sobre a sua vida. Mas não dá para ser assim o tempo todo, não é? Pessoas são pessoas. São humanos e fraquejam sim. Têm seus momentos difíceis e, nem sempre conseguem se manter fortes como os outros esperam que seja. O irônico é que, na mesma situação, pessoas são julgadas por aparentarem estar fortes.

Sabe qual o problema? É fácil determinar regras na vida do outro, mas por não estar na pele dele, não ter as mesmas vivências e, principalmente, não ter a mesma opinião, ninguém tem o direito de falar nada sobre ninguém. Cada um tem a sua rotina, uma vida que nem mesmo a própria sombra sabe como é. Afinal de contas, todos mantêm algum tipo de privacidade (assim espero) e não saem por aí contando o que fizeram a cada cinco segundos que passa. Ou saem?

Em tempos de mídias sociais, vidas expostas em timelines, fica fácil mostrar uma vida que não se tem. Tudo o que é colocado nas mídias sociais é o que fulano quer que seja visto: viagens fantásticas, vida profissional bem-sucedida, felicidade estampada! Pelo menos é o que parece. Mas é como diz o ditado: nada é o que parece. No entanto, é como se a sociedade tivesse se esquecido desse ditado. E quando veem alguém mais feliz do que eles próprios, colocam outras situações p/ se sobressaírem nas mídias sociais para causar inveja em quem vê.

Uma mídia social não é um diário. Não é um álbum de fotos. Hoje me pego pensando: qual é mesmo o objetivo dela?

As pessoas julgam tudo aquilo que vê. Quer dizer que se alguém faz boas ações e não mostra para ninguém ela é uma pessoa ruim? É preciso mesmo divulgar tudo de bom que ela fizer para que as pessoas não venham vomitar suas palavras diagnósticas do que é o mais - ou menos - correto? E a vida própria? Ah, essa, ninguém quer ver, não é?

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