Enquanto o sono não vem...

E mais um ano está chegando ao fim. É até difícil acreditar que um ano inteirinho tenha passado tão depressa assim! Percebo-me em um período de mudanças de valores e pessoas presentes em minha vida. Acredito que foi um tempo de amadurecimento em diversos aspectos... Um tempo repleto de surpresas e mudanças... Muitas mudanças!

Ah, os clichês... Eles dizem tantas coisas, mas por serem assim tão clichês, acabam passando batido pelos olhos de muita gente. Somos campos de atração. Somos o que queremos ser... Sim, nós somos! É pura falta de vontade dizer que nada melhora do jeito que queremos. É pura falta de motivação própria querer ser morno e não fazer nada pra mudar. 

07/12/2011. Hoje mais um aniversário seu!  Um dia que deveria ser comemorado, celebrando os seus 22 aninhos... Talvez com uma surpresa, com telefonemas, recados na internet, no celular e de tantas outras formas, como eu sempre fiz. Gostava de registrar, sempre gostei. E hoje deixo gravadas as minhas lembranças a você, ao que você significou e significa para mim. Claro! Não é porque não está mais aqui que deixou de ser importante. Pelo contrário, valorizo ainda mais tudo de bom que passou.  Talvez  para outras pessoas, este seja mais um dia normal... Não pra mim.  Às vezes me pego pensando que já deveria ter me acostumado... Mas aí me dou conta que nunca vou me acostumar, pois o seu aniversário era dia de euforia, de telefonemas de horas, de  depoimentos gigantes no Orkut, relembrando todo o carinho que eu tenho  por você. Como poderia me conformar com a ausência disso tudo?

Às vezes me esqueço da quantidade de coisas que passei nestes 22 anos... Muito bem vividos, se me permite dizer. Fico pensando como posso ter simplesmente “apagado” da memória estas coisinhas tão bobas, mas que ao mesmo tempo foram responsáveis por parte do que eu sou agora. Os grandes eventos têm uma participação maior e isso não posso negar, mas os detalhes, ah os detalhes... Eles são como os pingos nos is, as cores harmoniosas em um desenho, a brisa batendo nas folhas de uma árvore, um pequeno gesto, o tempero da comida. É isso que eles são. E como pude me esquecer assim?

Eu procuro um lugar para me esconder Mas não consigo achar... a sombra me persegue, me atormenta, me invade, me machuca, me cutuca Ela me faz lembrar cada detalhe, aqueles que eu tanto queria esquecer Ah! As pessoas... A gente deixa passar tanta coisa Aquele sorriso estampado, falso, pacato Foi esse que eu me deixei levar. Esse que eu confiei. E nele mesmo, me cortei Cicatrizes profundas que mesmo se cobrindo, eu sei que ainda estão lá Estão estampadas, só esperando o tempo passar

Ela andava de cabeça baixa, observando as rachaduras do asfalto e se encantava com os pequenos insetos coloridos que andavam depressa pelo chão. Seu cabelo sem corte escondia sua amargura, que marcava cada expressão de seu rosto. Ela sobrevivia, já perdera a conta dos dias que passaram.

E eu percebi um vento forte… Mais do que o normal Uma batida fora do comum... Assim, descompassado. O que ele tem que me deixa assim? O que há de tão especial? Das pequenas histórias a grandes segredos... De breves olhares a longos beijos.

E se eu me esqueço por um segundo, um detalhe qualquer me remete à lembrança. Breve lágrima percorre o meu rosto... Até que seque totalmente, algo me impede de tocá-la. Um sentimento de culpa misturado com ansiedade e loucura toma conta do meu corpo... Carne e alma.  De um simples encontro, passou a ser frequente...

Há poucos dias uma ex-colega de sala criou um grupo em uma das redes sociais mais acessadas. Dentro deste monte de pessoas estava boa parte do pessoal que fez o colegial comigo. Ah, bons tempos aqueles! O engraçado foi a sensação que eu senti ao ver todos aqueles rostos reunidos em um só lugar, falando de coisas que já passaram e que marcaram os anos tão bem vividos. Foi algo que me levou de volta àqueles tempos e me fizeram lembrar de muita coisa que já havia esquecido.

São poucas as pessoas que realmente me trouxeram coisas boas, ensinaram muitas outras… Fazem falta.  Hoje eu quero falar de uma em especial. Pense em um amigo muito querido... Aquele que te acompanhou a vida toda, que te ouviu, deu bronca, chorou com você, te deu aquele ombro amigo! Não há nada melhor do que ter alguém assim ao seu lado... Difícil é quando a vida decide tirá-lo do seu caminho... Mas este não é o foco. O fato é que hoje se completa mais um mês... 

A confiança sempre foi prestígio de poucos. Não havia muitos que soubessem sobre ela, até hoje não há. Ela é fechada e isso talvez afaste as pessoas. Mas o valor que ela dá aos amigos que tem, não se paga, não se compara. Numa noite, em um momento de desespero, ela conta seu maior segredo. A angústia foi como faca afiada que fez dela pedaços espalhados. Ela não soube guardar, ela não conseguiu não chorar, ela não soube como com aquilo lidar. O conselho a acalmou na hora, mas se arrependeu depois por dizer algo tão secreto.

Foi medido… Cada detalhe, mas não cada palavra. Estas foram espontâneas, espalhando-se e completando-os por fim. Teve carinho. Um carinho grande que foi transmitido a cada letra escrita ali. Com todo o capricho, harmonia e delicadeza. Dava para sentir toda a sintonia.

As pessoas são todas parecidas, mas incrivelmente diferentes. Elas podem ser semelhantes, ter algumas características em comum, mas nunca são idênticas! Fato é que não adianta comparar ninguém a você mesma, afinal, não é justo... Cada um teve uma educação, tem um jeito próprio de ser, de pensar e agir... Tem gente que não liga pra ninguém e finge que se importa. Tem gente que consegue enganar muitas outras e no fim acaba sozinha... Tem gente sorrindo por fora, sofrendo por dentro... Tem gente que é triste por fora, mas só pra chamar a atenção. Tem gente que te chama de querido, mas quando vira as costas é só mais um dos falsos amigos. Tem gente que sonha demais e esquece-se da realidade... Tem gente que só a gente mesmo sabe o quanto ama de verdade Tem gente que foi só mais um por muito tempo e hoje é indispensável! Outros, entretanto, eram importantes e hoje não passam de só mais um nome jogado em uma lista qualquer. As coisas mudam...

Ando sem muita inspiração para escrever, mas mesmo assim, resolvi sentar um pouco e tentar falar sobre algo que ultimamente tem me assustado e incomodado de certa forma. Acho que já falei muito sobre como o tempo tem passado depressa e acredito que nos últimos anos, isso piorou... 2011 já chegou e eu mal me recordo do que aconteceu no ano passado. Logicamente que há passagens mais marcantes (BEM marcantes), outras que se perderam no meio do caminho e há ainda aquelas que eu prefiro nem lembrar. Decisões tiveram que ser tomadas; o stress me tomou de tal forma que não conseguia respirar; pensei que o TCC não fosse acabar nunca... Apesar disso, fico pensando... Faltam poucos dias para os meus 22 anos. (O QUEE?). Quando foi que eu fiquei tão velha? (...) Engraçado... Minhas tias costumavam dizer que eu sentiria falta dos meus tempos de criança quando estivesse mais velha... E eu dizia com toda a certeza que não seria o meu caso. É fácil falar de uma