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Mostrando postagens de 2012

O fim de ano

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Depois de séculos sem postar... Algumas palavrinhas de fim de ano... Fazer um balanço é sempre difícil e as metas que estabeleci no início do ano, nem todas foram cumpridas. Não sei por que ainda faço isso, já que a lista se perde por aí e eu fico sem saber o que disse que faria ou deixaria de fazer. Só posso dizer que o ano foi bom, ou melhor, muito bom. Tem coisa que parece que foi há muito tempo... Mas foi aqui, nesse ano de 2012. É até estranho... Mas sinto que estou onde deveria estar. Clichê, porque eu adoro! Depois de muitas experiências, acredito fielmente que atraímos aquilo que emitimos. Às vezes é bem difícil controlar certas emoções, confesso... Mas, trabalhar com elas tem sido um pouco mais fácil que antes. Talvez fingir sentir seja a resposta... Talvez não... Quem sabe? Ainda é semana de Natal. Mas as pessoas costumam emendar um “Feliz Natal e um próspero Ano Novo”, ainda que eu as vá ver durante esse pequeno intervalo. Pela primeira vez não tenho se

O antigo

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Viu sua vida descrita em cada linha Percebeu que aquela, já não mais existia Releu versos simples, feitos por ela Palavras que não a pertenciam mais A escuridão sempre foi seu escudo Sua armadura, um jeito de esconder seu olhar obscuro O rosto inerte nunca fora um bom medidor Era um sorriso disfarçado Uma tristeza encarapuçada Uma felicidade velada

Na varanda

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Fazia dois anos, exatamente naquele dia. Na verdade, foi por acaso que descobriu que tanto tempo já se passara desde o exato dia que deixou o inferno. Sr. Ferdinando sempre foi “reclamão”, do tipo rabugento, que as pessoas tinham o senso de desviar quando davam de cara com aquele ser visivelmente amargo na calçada. Ele era do tipo que resmungava, xingava e levantava a mão para quem ousasse desafiá-lo ao cruzar seu olhar. Mas esse jeitão dele mudou desde aqueles tempos. O inferno a que se referia, tratava-se do hospital público em que ficou internado por longos 3 meses.

O mundo dos sonhos

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Entre um quadrado e outro desenhado no chão, observava cuidadosamente os limites e caminhava pisando dentro deles. Estava um dia bonito, daqueles de céu azulado vívido e sol bem amarelo e brilhante. Carolina era menina que sonhava o tempo todo: na escola, em casa, na rua, no banho. Era praticamente impossível conversar com ela sobriamente por mais de 5 minutos. Era só dizer algumas palavras e ela já devaneava, perdendo-se no meio do caminho. Afinal, era necessária apenas uma frase para que ela imaginasse diversas situações. Pensava em campos floridos, em ruas movimentadas, em como seria se suas amigas estivessem com ela, imaginava contos de livros em que ela era a personagem principal. Mas nunca, nunca mesmo prestava atenção em uma só palavra dirigida a ela. Sua mãe era a que mais se aborrecia com a tal atitude.

O velho do shopping

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No meu tempo, tudo era diferente. Sempre comento isso com quem cruza o meu caminho. Não acho que elas gostem que um velho como eu fique tirando-lhes o tempo com conversas tolas. Só que assim como toda pessoa de experiência, tenho muitas histórias, mas ninguém para contar. Antigamente, a consideração com as pessoas era algo normal, nada era tão mesquinho e egoísta assim. Às vezes, me esqueço de me olhar no espelho, me esqueço também que o tempo passou e as coisas mudaram. Hoje, sou um “jovem rapaz” de 79 anos. Mas tenho boa saúde, se me permite dizer.

Caixa de lembranças - Parte II [Última]

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[P ara entender este texto, leia a parte I:  Caixa de lembranças ] Acordou na manhã seguinte com a sensação de ter tido um pesadelo. Estava cansada e o corpo pesado. Em seu rosto, a marca da última lágrima que deixara cair ao se deitar na noite anterior. Com certa ansiedade pegou o celular, na esperança de encontrar um envelopinho ou qualquer coisa na tela que indicasse um novo recado.

Caixa de lembranças - Parte I

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Não era tipo dela. Não! Não era mesmo. Mas lá estava debruçada em uma almofadinha em formato de estrela que ele dera de presente, derrubando lágrimas que nunca caíram antes. O que estava acontecendo? Estaria fraca? Limpou as lágrimas que encharcaram a tal almofadinha e lavou o rosto vermelho com água fria. Respirou fundo e se olhou no espelho, com profundo arrependimento. Nunca se vira tão desarrumada, tão propensa ao desespero e com tanta sede. Deve ter chorado tanto que desidratou todo seu corpo. Tratou de prender os cabelos embaraçados e fechar os olhos por alguns segundos. Suspirou. Foi para a cama, sentou-se um pouco em meio à bagunça. Olhou para tudo aquilo e atirou ao chão, deitando-se sem se importar. A casa estava vazia. De novo.

Mudanças

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Sempre fui meio resistente a mudanças. Tá ok, meio não, muito! Mas ultimamente tenho perdido esse medo que tanto me atormentava e tentado tirar o que há de melhor em cada situação.

O grande amor

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Sabe aquelas meninas bobas que sonham com o grande amor? Eu era assim. Sei que nunca houve um cavalo branco com o príncipe encantado em cima dele, mas gostava de sonhar com o homem perfeito para mim. Esperei o grande amor. Pensei tê-lo visto muitas vezes, mas logo percebia o meu erro. Tive alguns casos, um namoro. O primeiro e o pior. Não namorei ninguém por anos, não queria, fugia... Sempre procurava um cara “mais ou menos”, o idealizava, quebrava a cara e sofria sozinha. Eu desanimava, me desapontava e a tristeza me invadia de tal forma que ninguém conseguia tirá-la de lá. Foi assim por muito tempo. Passei a ter medo, insegurança, a não acreditar mais em quem me dissesse frases formuladas para me encantar. Até que decidi que não valia a pena. Por vezes me envolvi já com a ideia de que não duraria muito tempo. Fui pisada e pisei algumas vezes também. Mas não me arrependo de boa parte de tudo.

As cicatrizes

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Um mar escuro, profundo, sem chão... Mergulhei naquele mundo, mesmo sabendo ser arriscado e que talvez não voltaria. Eu fui, me entreguei, me afoguei e agora estou aqui tentando achar uma saída...

O feriado

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Dentro de um sonho, ouviu o despertador tocar baixinho. Era uma sexta-feira atípica. Ela não trabalharia naquele dia, mas se esquecera de desligar o alarme do relógio que tocava às 7 horas todos os dias da semana. Depois de alguns minutos, acordou um tanto assustada, achando que estava atrasada e pulou da cama. Contudo, logo se lembrou da merecida folga e voltou a encostar sua cabeça no travesseiro fofo comprado há alguns dias.

Das ruas...

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Ela procura uma roupa razoavelmente bonita, confortável e que a faça se sentir bem. Pega uma bolsa grande e coloca lá dentro tudo que acha necessário. A blusa e o guarda-chuva não podem faltar, ainda que ela não os vá usar. Uma maquiagem básica para caso de algo sair do lugar, uma escovinha de cabelo que se encaixa perfeitamente em qualquer cantinho da bolsa, a carteira com algumas notas de vinte, um cartão de crédito, um documento de identificação, a chave e o celular. Já começava a anoitecer enquanto ela se arrumava. Um banho caprichado e demorado, o secador para seus longos fios, dar um jeito nas mãos e unhas. Um pouco preocupada demais com o horário para que pudesse sentir qualquer ansiedade ou empolgação.